Pois bem. Em muitos artigos online (publicidade) lê-se que construir em CLT é a séptima maravilha na terra e quem não o faz devia-se sentir muito mal por não aproveitar as vantagens de peso, rapidez ecologia, etc.
Que construir em CLT não tem barreiras e os arquitectos podem dar asas à imaginação!
Ora…
Tirando a parte de sentir mal, é de facto “o material do futuro”. Não tem limites arquitectónicos. mas… (tem de haver um mas…) o limite é mesmo a carteira. Se não o for, oh meus amigos… Não acho que haja uma coisa mais bonita que uma “catedral” em madeira!
Pois é. Para o comum dos mortais é importante manter a carteira controlada. E com o CLT há que ter algum cuidado porque se não rapidamente se passe de sonho a p€sad€lo…
Há uma série de pequenas coisas que podem fazer uma casa em CLT mais cara do que o que devia. Não é segredo mas há que simplificar, centralizar utilidades desde cozinhas a casas de banho para manter os trajectos o mais curto possíveis para ficar mais em conta. Recortes, vãos muito grandes e partes em suspensão fazem muitas vezes os preços disparar.
Para isto é preciso abertura de espírito do dono de obra, do arquitecto, do engenheiro…
Isto porque ao fazer o projecto há que pensar logo “em tudo”. Onde passam as cablagens, tubagens, ventilação e por aí tudo o que seja atravessamentos têm de ser contabilizados e pensados. Lembrem-se, não há “roços”, nem em obra decide-se. Isto na maior parte das condições.
Portanto uma coisa é garantida. Fazer um projecto para CLT sem execução, é um “no-go”.
Mesmo para obter valores reais de orçamento uma “planta” de arquitectura serve de muito pouco. Isto porque dependendo de como se dividem os painéis o projecto pode ter variações de 100%.
Vender sonhos é fácil. Chega a ser “enojante” as publicidades que às vezes se encontra construa a sua casa de sonho pré-fabricada em madeira por valores completamente irreais e tantas vezes a roçar a ilegalidade quase descarada.
Acredito que este seja o material do futuro. Projectar melhor. Pensar nas soluções para construir e não para licenciar. Acho que já o disse um “projecto de licenciamento” vale próximo de 0 para construir. E nos dias que correm e futuro a mão de obra será um bem escasso que tem der ser minimizado no terreno a não poucas vezes “inventar” para construir.
Planear, pré-preparar off-site em condições controladas, ensaiar e montar em tempos recorde no terreno. Espero fazer parte da solução um dia não tão longínquo! 😉
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